Vi ontem um bicho
Na imundice do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem
Manuel Bandeira
Caro irmão Ricardo Barbosa, li esse poema e lembrei desse trabalho tão bonito que vocês estão fazendo de distribuição de marmitas e pregação da palavra de Deus. Muitas vezes nós olhamos pra essas pessoas que estão na rua, como se não fossem importantes, mas tenho aprendido a entender que elas não devem ser vistas como inferiores, mas sim um ser humano igualzinho a mim. E se muitas delas estão fedendo por fora, outras que parecem tão vistosas por fora, por dentro são sepulcros caiados, fedidos. Peço a Deus que eu aprenda a dar valor ao que Cristo valoriza, que são as pessoas, o amor ao próximo. Esse trabalho da igreja tem mexido profundamente com meus valores