Geralmente vou ao mercado em
torno de meio dia, para comprar carne ou algum outro complemento para a comida,
logo ao chegar, começo a preparar a carne e a descascar legumes, verduras e
outras coisas que sejam necessárias para fazer a comida. Por volta das 14h
começo a cozinhar e vou até as 17h, quando começo a embalar a comida, ou seja,
em torno de 6 horas de preparo e mais duas ou três para a distribuição. Fora
isto, tem as pessoas que tem me ajudado a manter este ministério, doando
valores (temos gastado em torno de R$ 200,00 a 300,00 por semana), orando,
doando roupas, e tantas coisas mais que as pessoas têm feito pelo SAC. Tudo
isto parece uma ginástica enorme, para servirmos 40 marmitas ao dia e tenham
certeza de que é.
Quando entregamos a marmita, uma
coisa que percebemos é que a grande maioria fica alegre ao perceber que a
comida está quente. Isto nos traz
alegria, pelo zelo que temos em entregar uma comida feita no dia e que ainda
está quente ao ser servida, mas assim como o calor desta marmita se esvai com
rapidez, a saciedade que oferecemos também é fulgaz. Apesar de tanto trabalho,
de tantos gastos, o que estamos fazendo não é nada diante da situação em que
estas pessoas se encontram. Durante algum tempo isto me incomodou, pois parecia
que o esforço estava sendo em vão, até que ouvi uma música com o Padre Fábio de
Melo(abaixo), e a introdução desta música falou muito ao meu coração, me trazendo uma
paz a respeito desta situação. Sei que estamos fazendo pouco diante do universo
de problemas destas pessoas, mas sei também que estamos fazendo; já não estamos
mais apenas olhando para eles com olhos de pena, tristes pela situação em que
se encontram, mas incapazes de nos mover para ajudá-los. Graças ao Senhor, que
nos motivou e nos impele a zelar pelo nosso próximo, independente de quem ele
seja, ou onde esteja. Que possamos continuar fazendo a diferença para estas pessoas,
que o Senhor nos permita continuar a Servi-lo, através do servir ao próximo.
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