Hoje eu me senti um tanto quanto desconfortável com uma situação, enquanto entregava as marmitas. Estava entregando comida na Ceilândia, ali atrás do Supermercado Tatico, onde chamamos de cracolândia; uma mulher se aproximou, de certa forma bem vestida, com uma bolsa a tiracolo e pediu uma marmita. Eu meio sem jeito entreguei, mas falei que as marmitas eram para os moradores de rua, ela perguntou e dai? Eu perguntei a ela se ela não tinha casa e ela respondeu que sim, que também tinha comida, dinheiro e saúde, e repetiu, e dai? Eu disse que aquele alimento era para pessoas que não tinham casa e ela disse que eles não tinham casa porque não queriam, que ela era muito abençoada mas queria uma também e saiu rindo. Eu devo confessar que num primeiro momento fiquei irritado, e nem sei prq não fui atrás dela e tomei a marmita, mas depois me acalmei e pedi perdão a Deus por minha atitude, e me propus a orar por aquela pessoa. Muitos acham que as pessoas que estão nas ruas são bandidos, drogados que não merecem perdão, pessoas que estão a margem da nossa sociedade e que devem ser tratados com desprezo. Eu já disse antes e reafirmo, eles são tudo isto e mais, mas não passam de pecadores como nós, pessoas que se afastaram de Deus e colhem os frutos desta distância, pessoas que não conseguem perceber que o vazio de suas vidas jamais será preenchido, enquanto não se reaproximarem de seu Criador. Esta é a única coisa que nos diferencia deles, redimidos pelo Senhor Jesus, nos reaproximamos de Deus e já não mais estamos mortos em nossos pecados. Isto não me faz melhor do que eles, mas apenas me faz desejar que eles alcancem esta mesma graça (imerecida) alcançada por muitos. Que Deus tenha misericórdia desta mulher, destas pessoas , e de mim mesmo, que Sua graça continue agindo em nossas vidas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário